sexta-feira, 25 de abril de 2014

OS CAMINHOS......


            OS CAMINHOS......


            A rotina exerce sobre as pessoas uma determinada “ pressão” que não sentimos  num primeiro momento , e somente sob condições e situações pontuais e diversas, ela se manifesta e se apresenta como visível e presente.   Todos temos as nossas, nossos rituais, nossas  formas, nossos rumos e movimentos, e as vezes , mantemos estas mesmas  por anos e anos,  de forma até quase  mecânica e imperceptível.
            Ao nos desincumbirmos  expressamente das rotinas usuais e já consolidadas, experimentamos de forma direta um leque de novas sensações e de  experiências, que nos fazem exercitar um número diferenciado de mecanismos que  as vezes pensamos não existir.     Rotina não é necessariamente uma coisa ruim ou delimitadora de formas e modos, mas talvez uma clausura que sob determinados prismas, nos induzem ou nos condicionam de forma quase  inexplicável.     Como romper com a rotina ?
            Nossa, de mil formas, sendo que ninguém precisa ser radical, reformista, usar de situações conflitantes ou  de mudanças bruscas para que isso se processe.  Ou as vezes isso está presente de forma inversa e nos impele para estes “ rompimentos” e para a apresentação  destes momentos condicionantes.
            Estou vivendo a quebra da rotina, e mesmo que alguns possam dizer , de forma pouco interessada, o que que tenho com isso, numa referencia  de pouco se importar com fatos individualizados, divido com todos os que de alguma forma acessem esta coluna, esta mudança de parâmetros.   Os caminhos , com o passar dos anos, nos dão também um patamar de escolhas e de definições , nos permitindo  , também não só engolir pronto, como até de forma  objetiva, rssss, em função do adiantado da idade e dos cabelinhos que já branquearam, ter  algumas escolhas e algumas situações a serem preservadas.    A nova rotina, que estou vivenciando , tem sido diferente, nas suas exigências ( até agora menores e focadas em episódios), mesmo que , a cada dia a frente tomará um rumo diferenciado, e nos inserirá em  novas experiências e novas realidades.
            O que realmente tem impactado, para ser específico, é que  ROTINA, nos induz a amarras e procedimentos repetidos e ações de cunho tendentes a serem iguais, com resultados previstos e com ações de reiteração, sejam positivas ou de cunho  não assim valorizados.  A LIBERDADE DOS NOVOS MOVIMENTOS, tem a oportunidade de nos inserir  em novas práticas , “ não rotineiras” e que  se assim nos policiarmos, a tendência é que não se materialize e não se insira como  definição final e desaguadouro de objetivos e finalidades.

            A criação do novo programa de rádio ( CONEXÃO PINHAL), com a parceria sempre saudável do meu amigo CARLOS KUHN, o enfoque diferenciado das novas  interações com a comunidade;   o desafio profissional aceito de trabalhar  fora de Balneário Pinhal nos próximos meses na maior parte dos dias ( sem ser uma ausência 100 %);  a  presença em uma atividade partidária diferenciada da atuação administrativa direta da gestão,  estão todas em conjunto com a “ missão” de retirar  a ROTINA, dos meus momentos e de minhas atribuições.   Um exercício extremamente saudável e propício para o meu momento, e para  diversos andamentos e situações  correlatas.  Não diria ser um novo CAMINHO, mas arrisco dizer que está sendo e será a cada dia, uma nova  forma de  estar  presente, focado, vivo, atuante, em temas e situações que se diferem frontalmente do quadro  conhecido e até então postados aqui na nossa rotina anterior.   Sem OBRIGATORIEDADES, com compromissos DIFERENCIADOS, com postura  EQUIDISTANTE, e com  entendimento  CENTRADO , na  continuidade da vida e da  realização material de  qualquer cidadão em ter um trabalho, ser útil, presente, inserido, e cada vez mais ciente dos seus  deveres e responsabilidades, enquanto ser membro de uma comunidade.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

NOVAS PORTAS E NOVOS CAMINHOS !



NOVAS PORTAS E NOVOS CAMINHOS.

            A morte tem o dom de encerrar  etapas( pelo menos a terrena), e isso é a mais corriqueira das verdades.   Mas ninguém está falando deste processo irreversível, e apenas,  simplesmente   tergiversando sobre a finitude das coisas, dos processos eventuais, das pessoas e das trajetórias.  Apenas isso, e somente isso.
            A vida segue, e com ela os rumos, destinos e caminhos.  Todos temos os nossos, cada um de nós por graças divina, por intercessões de terceiros, por vias tortas, ou por caminhos efetivos, daremos sequencia em nossas vidas e em nossas atividades e nas formas de sobreviver e ter expressão, motivação ou sobrevida, conforme sejam os rumos e oportunidades.  Isso é lei natural, e até desnecessário enumerar, a não ser , para de forma didática,  poder  deixar dito que, independente dos “ estados” e investiduras, todos já existiam antes, e todos existirão depois , das passagens  e posições ocupadas.     Quem afirmar ao contrário somente estará querendo ser  cáustico , e não  embasado nos fatos e nas realidades.

            Nestes poucos dias, inúmeras situações já se apresentaram e o norte , novamente foi definido e as forças já reordenadas, na direção de desenvolver etapas novas, desafios novos e atuações igualmente diferenciadas  e pontuais.  Já estou embarcado e já navegando em mar aberto, com os ventos disponíveis e com a certeza de poder contribuir e ser efetivo nas novas atribuições.  Muito bom ter portas abertas, ter possibilidades. Agradecer  a todos que oportunizaram é o que se impõe , e a sequencia firme um fato inquestionável. 
            Em se tratando de novos desafios, quero deixar a todos os parceiros, amigos e interessados, que a porta da av.itália n 2416 sala 3 está a disposição em tempo integral ( manhã e tarde), e ali com certeza, teremos a oportunidade  de poder receber, atender, e dar andamentos a todos os momentos de trabalho, atenção e encaminhamentos necessários a tantos quantos ali chegarem e buscarem algum tipo de atendimento.
            A presença firme e diária, mudando o endereço e a atribuição, não serão impeditivos de podermos trabalhar e continuar atendendo a todos os munícipes de nossa cidade, sermos receptivos aos seus pleitos e termos sempre a qualquer momento a capacidade de encaminhar as demandas e as suas necessidades.
            Sobre os fatos determinantes, devo dizer que um grande ingrediente da vida, que é o tempo, se encarregará de dizer dos acertos e dos erros, das projeções e assertivas sobre rumos, dos interesses e das razões externadas ou não.  Agora tudo o que for dito será carreado para a vala comum e para a senda dos interesses individuais, não restando  muito a ser preservado e valorizado  como atitude ou não conformidade.   Importante, ou mais importante de tudo é que  os caminhos estão desimpedidos ( como alguns pensam ), e o que se impõe é trabalhar e trabalhar, até porque é para isso que somos “ empoderados “ através do voto, para dar conta de rumos, caminhos , anseios e necessidades de nossas comunidades.  SORTE A TODOS NÓS !!!!
           
           

           





sexta-feira, 11 de abril de 2014

NADA É INDOLOR E NADA É DEFINITIVO ! SÓ A MORTE TERRENA É UMA ETAPA FINDA.

 

            Independente do que possam ser as vontades, e os desejos, daqueles que gostam do pior e torcem para a vitória da miséria humana, nas suas piores manifestações, quero aqui neste espaço que ainda ocupo, dizer , que  diferentemente do   que pudesse ser  estas vontades e necessidades emanadas dos sentimentos mais cavernosos que um ser humano possa ter introjetado no seu ser, a etapa  do epsódio  PARTICIPAÇÃO X EXONERAÇÃO X CONTINUIDADE, do processo político  instalado aqui na cidade, esgota-se de minha parte aqui .   Somos públicos, mas somos só o que somos. Não estamos acima ou em nível de exigir e esperar manifestações diferenciadas das que já experimentamos e todos as pessoas queridas e identificadas já manifestaram.
            Abuso do título:  “ a vida como ela é “, e assim se explica quase tudo nesta caminhada terrena.    Nossas caminhadas, tem o condão de despertar todos os tipos de sentimentos, que ao longo da trajetória nós colhemos, aproveitamos, lapidamos, inserimos os que nos fazem crescer, aprende-se com os que somente nos prejudicam , somos apresentados aos que relutamos , mas necessitamos nos curvar , e deste cipoal de tipos e formas, moldamos nossas caminhadas.  Mas ninguém recebe aquilo que já não possua, que é a sua essência.  Esta é do DNA de cada um.   E assim , desfilamos neste plano, aprendendo, distribuindo, recebendo, levando e trazendo, contribuindo, procurando  sempre somar e realizar.   Muito embora, que esta  predisposição toda, nem sempre  produz só coisas boas e colha igualmente  paz, serenidade, entendimento e ventos calmos.  Muito pelo contrário.  
            Estes episódios tipo os que vivenciei e com os desdobramentos conhecidos, nada mais são como, mais UM  dentro do repertório já conhecido de todos aqui da cidade.  Claro, existem  os mais afoitos,  que querem a qualquer custo , terem o seu momento opinião, e munidos das suas verdades, calcados nos seus conteúdos, refletidos nas suas escuras e opacas figuras ( as vezes mascaradas (o) de vistosas (o).
            O epsódio é esgotado !  Os motivos óbvios e conhecidos e explicitados !  As interpretações de terceiros  é que tem sido muito pródigas, pois elas revelam o que de pior a natureza humana tem, ou seja.....cada opinião emitida, na contramão do “ direito de opinar nas questões públicas”, deixam revelar sob as formas mais diversas, tudo aquilo que uma oportunidade destas proporciona. E vejam que o momento foi de passar o cálice. Imagina se fosse um epsódio de execração.
            JORGE, PARA COM ISSO E PELO MENOS DIZ O QUE SOBRA DA VIVÊNCIA ACONTECIDA:   Pois é.....em primeiríssimo lugar a tristeza  de ver as pessoas sumirem chão a dentro,  sem respostas ,e sucumbindo a um prato servido  ,com data certa de término , inapelavelmente abatidas em suas sempre presentes contribuições.     Em segundo lugar, a tristeza  de ter escutado, que “ as coisas não podem mais ser assim, e deste jeito, ninguém quer mais ” me fazendo ter a leitura que  tudo pode e tudo dá, independente  do que é certo, moral, ético, respeitável e digno. Em terceiro, saber que o  segmento opositor da cidade,  entendeu o fato, fixou o conteúdo, mediu a extensão, mas por estratégia e por conveniência, irá guardar a “ carniça fedorenta” dentro do saco de ráfia e passará na praia no momento certo para colher as iscas para a próxima pescaria.     E DE POSITIVO NADA JORGE ?    Acho que sim, tipo o silêncio triste mas  estampado em todos os olhos, dos funcionários que cresceram e fazem o dia a dia acontecer; as manifestações dos amigos que da forma mais direta, entendem e manifestam que o voto dará respostas, ( mas resumindo tudo a um significado de interesse e de contraprestação : NEM TUDO É VOTO NESTA VIDA);  as mensagens; os telefonemas; os recados de todas as formas possíveis; e uma bem significativa e intrinsicamente pessoal constatação :   RECOMEÇAR DO ZERO!    MAS SEM TER VERGONHA DE OLHAR MEUS FILHOS, MINHA MULHER, MINHA MAE, A MEMÓRIA DE MEU PAI E A COMUNIDADE QUE TENHO CERTEZA QUE SABE DO QUE ESTOU 

sexta-feira, 4 de abril de 2014

um pouco dos anos de chumbo.

 “Um momento nas redações deste país, durante os anos de chumbo “.


            Vivemos nos últimos dias um debater intenso sobre a nossa história passada, passando por um leque variado de enfoques, desde a truculência dos militares, seus métodos e formas,  chegando aos  do outro lado que igualmente  foram  torturados, mortos , alijados da luta democrática, excluídos, impedidos e todas as formas conhecidas historicamente dos mecanismos e aparelhos dos regimes de exclusão e totalitários de amplo  colorido de tendências e matizes.  Muito se escreve, diz e noticia.   A história existe para isso. Ou isso é a história escrita e contada. Conforme, os “ historiadores”  ela é apresentada.  Cabe a quem lê, o debulhar do entendimento. Mas o grande mérito é que hoje podemos.  Um grande avanço, sem discutir erros e acertos.
            SIM É DAÍ, pergunta o leitor......?       Lá pelos idos de 1978 quando entrei para a Faculdade de Direito da PUC-RS, na minha pequena experiência, fruto dos anos de silencio, de escuridão legal, pela não tradição familiar dos temas eruditos, e por um pouco bastante de ignorância, o tema dos regimes de excessão , a vida dos anos 70, o ame ou deixe, eu te amo meu brasil , AI-5 e todos os demais atos institucionais, e todo o resto das excrescências que vivemos e muitos foram vítimas, eram um completo desconhecido e me foram apresentados sob a forma de “ descobrir ou não que papai noel existe”, causando claro, surpresa, indignação e por ai vai...... ! 
            Durante este tempo e com a conversa com os mestres, com jornalistas que foram colegas de banco de faculdade, com policiais federais que infiltrados de colegas , sentávamos lado a lado, ficamos sabendo de fatos ,dados, censuras, acontecimentos, posturas de lá e de cá que assustavam de verdade, sendo que uma,  desde aquela época sempre me causou  curiosidade , indignação, e que divido com vocês nesta coluna:   “ nas redações dos grandes e pequenos jornais deste país, durante os anos de chumbo, havia a figura do censor, elemento “pau mandado” que se exercia perante as pessoas ( jornalistas, escritores, pensantes, fazendo e impondo o crivo do que pode e o que não pode, o que sai e o que não sai escrito, ou o que deva ser suprimido e impedido de ser dado conhecimento, e a versão oficial que nunca em função da obscuridade pudesse ser oferecida a luz para todos de uma nação, de um país, de uma região, para as comunidades, de cima para baixo.”  E pior, o censor nunca era um erudito, um letrado, um esclarecido.  Normalmente ele era truculento, burro, servil e disciplinado.
            Os textos suprimidos, abriam lacunas nas paginas dos jornais, deixavam ou teriam que deixar espaços em branco, não poderiam ter visibilidade, não poderiam ser ditos e lidos.   Como nesta vida tudo tem solução a não ser a morte, logo ficou imortalizada a figura do “ enxerto” pelos redatores e pelos editores de jornal, que obrigados a retirar as suas escritas, suas falas, e seus pensamentos, se submetiam a ter seus textos trocados por figuras de leituras pueris, óbvias, debochadas, sem sal e sem sabor para em forma de protesto surdo e quieto, responder aos que de forma burra, os faziam submeter.   Muitos  “jorges  “da vida custaram a entender, muitos nunca entenderam estas formas e outros tantos as reconheciam  a quilômetros de distância e esta era a forma de poder protestar e de dizer presente no mar de escuridão.  Uma forma sem visibilidade, cifrada, mas que a parcela pensante deste nosso Brasil entendia bem e assim se postava.    POIS NESTE  1 DE ABRIL DE 2014, QUASE 20 ANOS DEPOIS DE TANTO CORRER E LUTAR, DIZER, FAZER E PENSAR , AQUI NESTA CIDADE ( junto com todos os parceiros) , ME SINTO HOJE ( MAS VOU RESOLVER SIM COM DIGNIDADE), IMPEDIDO ( momentâneamente ) DE ESCREVER O QUE REALMENTE PENSO, ACHO E SINTO, SOBRE OS ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS EM NOSSA CIDADE. Como não estou vivendo nos anos de chumbo, não tenho revolver apontado para minha cabeça, tenho dignidade,  e sei o que quero da vida, estou exercendo o período obvio de respirar , não ser afoito, e em seguida , com calma e com equidistância  dizer e fazer o que penso ser  o certo